Autor(a): Matthew Stover & Robert E. Vardeman
Editora: LeYa
Número de Estrelas: 4 estrelas
Número de Páginas: 383 páginas
Skoob: God of War Comprar: Submarino | Saraiva
God of War é uma franquia de games produzida pela Sony muito jogada, comentava e bem vista hoje em dia (e há respeitáveis tempos atrás) pelo público jovem/adolescente e adulto. Kratos é um anti-herói adorado por um legião e isso rendeu à Sony milhões de dólares, juntamente com a produção de mais três jogos: God of War II, God of War III e God of War: Ascension. Além disso, a franquia foi levada das telas dos videogames para as páginas dos livros de uma maneira surpreendente, frenética e repleta de brutalidade.
Pra mim foi um pouco complicado de ler algumas cenas desse livro, porque eu estava sempre com o jogo na cabeça e eu ficava esperando chegar naquela cena x e não tinha ela. Depois ficava esperando tal coisa acontecer, mas não tinha, mas isso não impediu de jeito nenhum a qualidade dessa história. Então fica aqui uma dica minha: se você for para esse livro, esperando encontrar tudo que é mostrado no jogo, desista de lê-lo, porque você vai encontrar muita coisa, mas não tudo, afinal, se isso acontecesse, o livro ficaria gigantesco e cheio de detalhes altamente dispensáveis.
Os autores conseguiram adaptar muito bem a história. Conseguiram captar a personalidade brutal do Kratos (uma brutalidade que em algumas cena ficava altamente fantasiosa). Você vai ver muita garganta cortada, muito desmembramento, sangue jorrando pra tudo que é canto; e o mais legal que eu achei dessa adaptação, foi eles terem conseguindo descrever os combos que você libera ao longo do jogo. S lembra daquela cena no começo do jogo, em que o Kratos está transando com as mulheres no barco e só mostra a garrafa de vinho caindo e quebrando? Então, ela está no livro, sutilmente descrita.
Falando aqui um pouco sobre a brutalidade do jogo, eu fiquei chocado com a quantidade de sangue desse livro. É como se ele estivesse páreo à páreo com As Crônicas de Gelo e Fogo. Quem já jogou aí os games sabe que o jogo é altamente brutal e que você tem que derrotar vários monstros e tudo o mais, e os autores conseguiram captar isso muito bem. Até os adjetivos utilizados para descrever os atos, as lugares, os objetos e tudo o mais, dão uma ideia de morte, brutalidade, destruição, etc.
Outro ponto forte do jogo é a linguagem. A linguagem que eles usaram nesse livro é inteiramente formal, mas volátil, dependendo de quem está falando. Linguagem chula e gírias para pessoas pobres, formalidade para deuses e pessoas de alto conhecimento e é como se você até sentisse a intonação dos personagens nos diálogos. A equipe responsável pela revisão e tradução está de parabéns. Ah, deixaram passar alguns errinhos de digitação e alguns poucos de concordância. Ah, em alguns momentos da história, você vai encontrar notas de tradução e algumas rápidas explicações sobre mitos gregos.
O livro é contado em terceira pessoa acompanhando o Kratos na maior parte dos capítulos, porque em alguns outros (não muitos) temos a visão da deusa Atena arquitetando um plano para a destruição de seu irmão. Ela faz de tudo para ver Ares subjugado pelo Kratos. Como no jogo, o livro conta com o recurso narrativo de flashbacks sobre o passado do Fantasma de Esparta. Um passado que está sempre voltando em determinados momentos da história.
Os personagens são muito bem construídos, cada um deles têm personalidade forte. Eu achei a metade do livro um pouco arrastada demais. E em alguns momentos a descrição foi péssima porque eu não conseguia acompanhar os movimentos de batalha dele, o que ele estava fazendo, enfim. Como o jogo é extenso, os autores souberem escolher as melhores cenas para adaptar e outras para mudar.
Esse livro fez parte de um desafio literário que participei com umas amigas minhas. Foi o último do desafio e com certeza não me arrependo da compra, nem da leitura dele. E que venha God of War II!
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