1 de dezembro de 2013

Entrevista com Luiz Henrique Mazzaron, autor de "Máscara"

Sabe o livro Máscara, aquele que eu resenhei? Então, eu acabei fazendo uma rápida entrevista com o autor, o Luiz Henrique Mazzaron. Foram algumas perguntinhas simples e bobas sobre a obra, sobre a criação e publicação e até algumas coisinhas pessoais. Veja ela depois do pulo!
A entrevista foi feita inteiramente pelo Facebook, hoje (01/12/2013). Aproveitem!

L.R.: Como nasceu a ideia de criar a saga Máscara? Porque você se deixou levar por essa ideia?
L.H.: A série Máscara surgiu depois que eu comecei a assistir mais e mais filmes de terror. A vontade de escrever mesmo veio após a leitura que fiz do livro "E Não Sobrou Nenhum", da Agatha Christie. Pensei: nossa, será que eu sou capaz de escrever algo assim um dia? No fim, deu no que deu.

L.R.: Você enfrentou problemas ao longo do processo criativo? Pensou em desistir? Pensa em desistir?
L.H.: Sim. Meu pc foi atacado por um vírus e teve de ser formatado, apagando todo o meu livro, que na época já estava na metade. Fiquei muito chateado e fiquei alguns meses sem escrever. Hoje, tomo diversas precauções e não penso em desistir da escrita tão cedo.

L.R.: Quais foram as suas fontes de inspiração? Você não ficou tão cheio de ideias e acabou se enrolando em algum momento?
L.H.: Minhas fontes de inspiração foram filmes e jogos de terror. No começo, as ideias brotavam da minha mente e, influenciado pela Agatha Christie, comecei a escrever um livro policial com toques sobrenaturais, mas não passei da décima página. No mês seguinte, nasceu a série Máscara. Às vezes, queria colocar várias ideias na história, mas eu mesmo me confundia, e acho que a deleção do meu livro pelo "vírus do mal" até que foi boa [Risos].

L.R.: Qual o personagem que você mais gosta até agora? E o que você menos gosta? Tanto do primeiro quanto do último que você já escreveu.
L.H.: No primeiro livro vai dar empate... Gosto demais do Liam, da Kelly e da Mary.  A que menos gosto é a Kiki. Quanto ao último livro que escrevi, gosto da personagem Delisha e não gosto muito da Meredith.

L.R.: Agora eu falo por mim: enquanto eu lia Máscara, eu achei o livro muito parecido com o roteiro de uma série. Se ele fosse adaptado, quais mudanças você NÃO DEIXARIA que acontecessem?
L.H.: Eu realmente me inspirei muito na série Jogos Mortais, mas tomei o cuidado, creio eu, de criar algo diferente, com história e personagens peculiares.  Se ele fosse adaptado, não gostaria de nenhuma alteração nos personagens e na história em si.

L.R.: É muito difícil ser um autor tão jovem? Você não chegou a ter conflito nas tarefas?
L.H.: É um pouco difícil conciliar a escola com a escrita. Na época que escrevi os três primeiros volumes da série Máscara, eu estava cursando o colegial e meu horário era mais flexível. Hoje, com o cursinho e os vestibulares, não tive tempo nem de ler muitos livros e nem de escrever.

L.R.: Máscara foi o primeiro livro que você escreveu por completo? Você pensa em escrever mais fora os referentes a série?
L.H.: Sim, foi o primeiro. Na verdade, Máscara - A vida não é um jogo veio como um grande e único livro, mas por decisões da editora, tive de dividi-lo ao meio, o que pode ter prejudicado um pouco a complementação da história. E tenho algumas ideias sim para outros livros, mas só depois de terminar a série.

L.R.: Você pode mandar um trechinho qualquer do livro dois? Só pra atiçar o pessoal que gostou da sua obra.
L.H.: Creio que esse segundo volume vai agradar os que gostam de literatura fantástica e de ficção. Não sei bem que trecho escolher, mas aí está um do começo da segunda parte:
""Na rua, pessoas corriam desesperadas. Algumas levavam bens que conseguiram salvar da destruição, outras, se agarravam aos filhos e corriam para a saída.
A janela ao lado explodiu. De dentro dela, um grande lobo cinza e vermelho, pulou para fora. Ele os encarou faminto, sua longa língua pendendo da boca e a baba pingando no chão.""

L.R.: Quais dicas você dá para os jovens que querem lançar um livros mas têm certo receio?
L.H.: Eles tem que arriscar. Sejam pacientes, ousados e, se a escrita é seu dom e paixão, nunca desistam. Ser escritor não é tarefa fácil, mas não há preço que pague a alegria em ver sua obra materializada e sendo lida e elogiada por pessoas que você conhece ou não.

L.R.: Você não teve nenhum problema na hora da publicação do livro? Se sim, qual?
L.H.: Enfrentei alguns problemas sim. O primeiro foi achar uma editora que aceitasse minha obra. O segundo foi o período de espera pela edição do livro; sou muito ansioso. E o maior problema mesmo foi na hora de dividir o livro em dois volumes. Coma diagramação da editora, o livro ficaria enorme, o que poderia repelir as pessoas.

L.R.: Você já pensou em um final completamente louco pra série? Qual?
L.H.: Nossa, ainda não pensei no fim da série, mas poderia ter dinossauros, explosões atômicas, alienígenas zumbis, a lua despencando do céu e a Gretchen montada num cavalo de fogo enfrentando uma horda de monstros. Seria um final bem louco [Risos].

L.R.: Quem mais te apoia na hora da criação e publicação do livro?
L.H.: Na criação, minha professora de redação me apoiou muito. Na verdade, foi ela quem me deu a força que eu precisava para ousar a tentar escrever alguma coisa. Depois disso, já na fase de publicação, tive muito apoio de familiares e amigos, principalmente do meu primo, que foi o primeiro a ler o livro na íntegra.

L.R.: Se ponha no lugar do Liam, quais pessoas você salvaria no primeiro desafio? O que você faria a seguir?
L.H.: Eu salvaria exatamente as mesmas pessoas que o Liam. Em seguida, eu ficaria desesperado, mas devido à situação, teria que agir rápido e tentar sair dali. Como escritor, eu salvei os personagens que eu achei que poderiam trazer um diferencial à história. Quanto mais confusão e atritos, melhor.

L.R.: Uma vez eu estava conversando com uma amiga, a qual você conhece, que te acha lindo [Risos] Quanto a sua vida sócio-pessoal, o que você poderia dizer?
L.H.: [Risos] Mesmo? Fico lisonjeado pelo elogio! Bom, eu sou bem calmo, não gosto muito de bagunça não. Eu nunca fui a pessoa mais bonita ou popular, longe disso. Eu usava aparelho nos dentes, tinha umas espinhas fenomenais que mais pareciam olhos e fazia parte dos "nerds". Também era muito ingênuo, o que resultou numa fase difícil na escola. Acho que é daí que vem todo o meu jeito fechado e tímido de ser. Mas hoje já estou bem diferente. Aprendi muito com as desventuras do passado.

Eu ainda dei um espacinho pro Luiz divulgar a sua obra.

"Adorei a entrevista! Curtam a fanpage no Facebook e no Skoob, e não deixem de ler o livro Máscara - a vida não é um jogo! E também quero agradecer ao blog Literatura em Rabiscos pela oportunidade e espaço cedido.", disse o autor da série.

O segundo livro da saga ainda não tem previsão para lançamento.

10 comentários:

  1. Adorei, ficou muito legal, parceiro! Parabéns

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  2. Adorei Pétrus, ficou muito bom! Morri com isso:" e a Gretchen montada num cavalo de fogo enfrentando uma horda de monstros." kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
    Luiz é lindo e educado! Sucesso é o que eu desejo para ele. :)

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    1. KKKKK Eu ri demais com as piadas dele nessa resposta. Desejo tudo de bom pra ele e mais terror no novo livro.

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  3. Ficou super legal a entrevista Pétrus, parabéns! E realmente, a parte de Gretchen ficou bem engraçada kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Mal vejo a hora de receber o meu livro e devorá-lo.

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  4. Carambaaaa! Entrevista sensacional! Ótimas perguntas e ótimas respostas! Parabéns aos dois! Adorei! *-*

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