Máscara - Luiz Henrique Mazzaron

Autor(a): Luiz Henrique Mazzaron
Editora: Novo Século
Número de Páginas: 366 páginas
Número de Estrelas: 4 estrelas
Skoob: Máscara
Comprar: Submarino | Saraiva

Hoje a resenha é sobre o livro Máscara, que eu recebi de parceria com o Luiz Henrique Mazzaron. Se você é fanático (como eu) por assassinatos, torturas, sangue e muito suspense, provavelmente você vai adorar esse livro. Se liga na resenha depois do pulo!

Bom, o livro se divide em três momentos: o passado, o presente e o presente no universo paralelo. Mas vou tentar explicar a história sem focar em nenhuma dessas épocas. Liam é um garoto que sofreu os abusos do seu tio por muito tempo. Depois que uma mulher o ajudou a se libertar disso, ele passou a viver sob a tutela (a guarda) de um policial. Mas a partir do momento que Liam é sequestrado e vai parar num universo paralelo com mais sete pessoas, ele descobre que forças sinistras do seu passado ainda buscam sua morte.

O livro é divido em prólogo mais seis partes. Cada parte recebe um nome e a história que é contada em cada uma delas está, totalmente dentro do que é intitulado. O livro possui cinquenta capítulos pequenos e divididos em sessões, o que faz com que a história flua de maneira mais rápida.

Cada sessão de cada capítulo é contado sob o ponto de vista de um personagem. Ao todo, temos o ponto de vista de, no mínimo, dez personagens, sendo que alguns estão no universo paralelo e outros não. Vamos falar um pouco sobre a edição em si do livro:

Foto do nosso Instagram

A capa é lindíssima! E sim,: eu julgo um livro pela capa. Mas, mesmo depois de ter finalizado o livro, eu tentei achar o trecho que essa capa representa, mas isso não tem relevância nenhuma. Ao longo da leitura você irá encontrar alguns erros de digitação, de diagramação. E se você não estiver atento à leitura, você irá se confundir com certeza. A Novo Século deveria ter revisado com mais atenção esse livro.

O livro vem com orelhas maiores que as que estou acostumado e no orelha final vem uma foto e uma rápida biografia do Luiz Henrique. A qual já foi postada aqui no blog: Luiz Henrique Mazzaron.

Agora vamos falar a história em si: fora os erros de digitação, eu achei algumas cenas bem previsíveis, apesar do suspense. Mas, ainda bem, foram só algumas. A maioria eu tentei adivinhar e quando chegou no fim da cena eu fiquei tipo "Whaaaaaaat!? :O". Um ponto à mais para a leitura.

Outro ponto à mais para o livro são as falas. Normalmente os livros que eu leio não têm diálogos condizentes com os personagens. Adolescentes com palavreado de adultos!? An? Em Máscara não. Como temos diferentes personagens, cada um é caracterizado por um jeito de falar específico.

Mas, como todo livro, esse não é uma perfeição por inteiro. Ao longo da história você vai percebendo alguns clichês, sutis, mas existentes. Outra coisa que o Luiz pecou e está totalmente evidente na história, foi a mistura de história de terror conhecidas pelo público.

"— Vamos, Liam - pressionou a voz. — O cronômetro está na parede. Quem vive? Quem morre? A decisão é sua."

— Página 115

Lendo esse trecho do livro, você consegue se lembrar de algum filme de terror? Não? Bom, eu relembro pra você: Jogos Mortais. Além de Jogos Mortais, o Luiz usou e abusou de histórias de terror como The Walking Dead e Silent Hill. Torturas com armadilhas, zumbis, e monstros bem estranhos você encontra aqui! Hahahah!

Outro ponto que eu não gostei muito foram sobre as personalidades dos personagens. Eu juro que não consegui sentir nenhuma afinidade por eles. Claro, teve aqueles personagens que eu fiz uma festa quando morreram, mas quanto aos que sobreviveram, não senti nada por eles. Eu até ria de algumas falas deles, ficava ansioso quanto às atitudes deles, mas quando ocorria a morte de algum personagem bom, era um tanto faz pra mim. Acho que faltou aprofundar mais o drama de cada personagem pra criar esse sentimento.

Ooooutra coisa: as atitudes dos personagens. Provavelmente se você está sozinho, num mundo apocalíptico com forças poderosas lhe perseguindo e desejando a sua morte, você não vai entrar em locais abandonados e se trancar lá dentro sem razão aparente. Se você você pode optar pela saída mais segura, você escolhe ela. E não a mais difícil e perigosa. E isso acontece constantemente no livro. 

Além do que os personagens mudam de opinião fácil demais. Não é só porque o Liam é o personagem principal que devemos seguir tudo que ele diz. Talvez ele não esteja certo sempre. É de se pensar!

O suspense é ótimo. A ambientação é incrível. A quantidade de sangue poderia ser maior e as mortes mais brutais (Hahahaha!)... não, estou brincando. Mas esse livro é simplesmente ótimo. Engoli ele todo em uma semana.

Luiz, se a resenha não foi o seu agrado ou você achou ofensiva, desculpe!