Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos [Filme/Livro]

Eu acabei de assistir 'Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos', adaptação da obra homônima de Cassandra Clare. Que fique claro que li o livro e não gostei muito dele... falo exclusivamente de Cidade dos Ossos. Mas confesso que depois de assistir essa adaptação, até que fiquei com vontade de ler os outros livros da saga. Então segue abaixo algumas observações que fiz ao longo do que fui assistindo.

Antes de começar, vamos falar um pouco sobre a ficha técnica do filme: a direção fica por conta de Harald Zwart, nunca tinha ouvido falar nele, mas depois de pesquisar descobri que ele dirigiu também 'A Pantera Cor de Rosa 2'. Eu fiquei tão impressionado com o roteiro do filme que depois de pesquisar a ficha técnica dele, eu descobri porque foi tão perfeito: a responsável pelo roteiro foi nada mais, nada menos que I. Marlene King... isso mesmo, a criadora de Pretty Little Liars. Uma curiosidade sobre essa adptação, é que não queriam fazê-la pois tinha como protagonista uma mulher. Pediram pra mudar para um homem, mas Cassandra Clare não aceitou.

Lena Headey atuando sempre muito bem. Apesar de Jocelyn aparecer pouco nessa primeira parte da história. Alguns dos atores escolhidos ficaram bem condizentes com seus respectivos personagens, ressaltando Alec (Keven Zegers), Luke (Aidan Turner), Clary (Lily Collins), Simon (Robert Sheehan), Magnus Bane (Godfrey Gao). Alguns eu não achei tão parecidos com o que imaginei, como Hodge (Jared Harris) e Jace (Jamie Campbel Bower).

A adição de algumas cenas só ajudou na adaptação. Cenas que estão presentes no filme, mas que complementam cenas que estão no livro. Talvez um ponto fortíssimo nesse filme, sem sombra de dúvidas, foi a adição de cenas com mais ação... ou só pôr a ação que deveria ter. No livro é notável que onde a ação deveria ter sido melhor trabalhada, não foi.

Uma cena que gostei muito foi mostrar o Instituto. No livro de ‘Cidade dos Ossos’ não se tem muita noção de quão grande ele é, mas no filme exploraram bem a decoração do lugar. Em relação aos efeitos especiais do filme, o estúdio responsável está de parabéns. Eles parecem bem reais e alguns são até bem básicos. Ajuda também os efeitos de câmera e iluminação.

Depois que você lê o livro e percebe os sentimentos dos personagens, você percebe que os atores levaram a interpretação à outro patamar. O amor que Simon nutre por Clary, como também a nítida rivalidade que ele passar a sentir por Jace. O desgosto de Alec por Clary. Clary se sentindo deslocado nesse novo mundo que ela acabou de descobrir. Os atores souberam muito bem interpretar cada um dessas particularidades dos personagens que viveram. Estou falando de olhares, entonação da voz, gestos, etc. Uma coisa que reforçou muito bem essas cenas, foram os diálogos muito bem feitos.

Apesar de ser um filme para maiores de 12 anos, eu notei algumas cenas e algumas falas com um teor mais maduro. Quem leu o livro sabe que ele tem alguns trechos bem... calientes. Talvez a Cassandra Clare tenha usado esse artifício para atingir todos os públicos de todas as idades.

De longe, a melhor cena do filme foi Simon confessando que gosta de Clary. Mesmo sabendo do que ia acontecer, eu me surpreendi e até me arrepiei. Reforçando o que já havia falado antes sobre a atuação de cada ator... e ainda ao som de ‘Heart By Heart’ de Demi Lovato!? De quebrar todos os corações.

Em matéria de fidelidade ao livro, facilmente dou um 8, pelo fato de terem trocado cenas na ordem cronológica, terem acrescentado algumas cenas que, ao meu ver, nem melhoraram e nem pioraram o filme. Mas em suma ele foi muito bom! Fato que me leva a bater o pé e dizer que o filme é melhor que o livro. Principalmente por causa da ação que eu tanto esperava.